A Polícia Civil tem registrado um crescimento preocupante no número de vítimas de estelionato, principalmente por meio de golpes aplicados pela internet. De acordo com o delegado Lindomar Ventura, os casos mais frequentes envolvem o chamado “golpe da OLX”, aplicado em negociações de compra e venda de veículos, imóveis e outros bens de alto valor.
O golpe funciona da seguinte maneira: o criminoso se infiltra em uma negociação entre comprador e vendedor, geralmente se ando por um dos lados, e convence o comprador a fazer um depósito em contas bancárias de terceiros (os chamados laranjas). O golpista nunca se apresenta pessoalmente, atuando apenas por telefone, WhatsApp ou redes sociais.
“São valores altos, muitas vezes fruto de anos de economia das vítimas. Já tivemos casos de R$ 87 mil e até R$ 100 mil em prejuízos. As pessoas acabam confiando, e quando percebem o golpe, o criminoso já bloqueou todos e desapareceu”, explica o delegado.
Ainda segundo Ventura, os estelionatários usam documentos falsos, chips de celular não registrados em seus nomes e contas bancárias espalhadas por todo o país, o que dificulta a identificação e a recuperação do dinheiro.
“Já estamos nos aproximando de 200 casos apenas neste mês de maio, sendo que mais de 20 foram registrados nos últimos dias. A grande maioria segue esse padrão do golpe do OLX”, destaca.
Além desse tipo de crime, a polícia também investiga golpes praticados por falsos funcionários de banco, clonagem de WhatsApp e fraudes com cartões de crédito.
Recomendações à população
O delegado alerta a população de Cruzeiro do Sul para que evite negociações virtuais com desconhecidos, principalmente quando envolverem altos valores. Ele reforça que:
• Negociações devem ser feitas presencialmente;
• Desconfie de ofertas muito abaixo do valor de mercado;
• Nunca realize pagamentos sem ter certeza da identidade do vendedor;
• Em caso de dúvida, procure a delegacia antes de fazer qualquer transferência.
Redação Juruá24horas