Condenada pelo STF, Zambelli pede Pix a seguidores para pagar R$ 2 mi

A deputada afirmou que não tem condições de pagar sozinha as multas que lhe foram impostas, algumas ainda em fase de execução antecipada.

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) publicou nesta segunda-feira (19/5) um vídeo em suas redes sociais pedindo doações via Pix aos seguidores para custear multas judiciais em processos nos quais foi condenada. A postagem ocorre dias após a parlamentar ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos por sua participação em um esquema de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

“Essa é uma batalha por todos nós”, escreveu Zambelli. Segundo ela, o pedido de ajuda foi feito com “coração apertado” e “coragem para enfrentar tudo de cabeça erguida”. A deputada afirmou que não tem condições de pagar sozinha as multas que lhe foram impostas, algumas ainda em fase de execução antecipada.

No vídeo que acompanha o pedido, Zambelli nega ter cometido qualquer crime e volta a afirmar ser alvo de perseguição política do STF. A parlamentar também cita o episódio em que foi flagrada com arma de fogo em plena rua, perseguindo um homem, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Nesse caso, também foi condenada por porte ilegal de arma.

Ela também diz que responde perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a mais de 20 ações judiciais relacionadas à divulgação de fake news. “Semana ada, paguei uma multa de R$ 44 mil. Meu pai teve que vender o carro para me ajudar”, relatou.

Condenação por invasão ao CNJ

A condenação mais recente de Zambelli, decidida por unanimidade pela Primeira Turma do STF, refere-se à invasão dos sistemas do CNJ em janeiro de 2023. Conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a autora intelectual da ação, que resultou na emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a Polícia Federal, o ataque cibernético foi executado pelo hacker Walter Delgatti Neto, que confessou ter agido sob orientação da deputada. Delgatti afirmou ter recebido um texto redigido por Zambelli para ser inserido no sistema, além de pagamentos que somam ao menos R$ 13,5 mil. A PF aponta que o hacker usou credenciais falsas para ar os bancos de dados do Judiciário Federal.

A sentença da Suprema Corte prevê ainda a perda do mandato de Zambelli após o trânsito em julgado, ou seja, quando todos os recursos forem esgotados.

Por: Metrópoles

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