A Polícia Civil do Estado do Acre, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), concluiu nesta quarta-feira (30) a fase estadual da Operação Renorcrim, uma ofensiva nacional contra o crime organizado que teve como alvo principal facções atuantes no território acreano. A ação foi realizada entre os dias 13 de abril e 1º de maio de 2025 e resultou em um prejuízo financeiro direto de R$ 227 mil às organizações criminosas, além do bloqueio judicial de mais de R$ 5,1 milhões.
A operação integra um esforço coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI), com execução das Polícias Civis em todo o país. No Acre, a DRACO liderou a execução das ações, com apoio de outras unidades operacionais, inclusive nos municípios.
Durante a operação, a Polícia Civil cumpriu 12 mandados de prisão, efetuou cinco prisões em flagrante e executou 37 mandados de busca e apreensão. As investigações, iniciadas em 2023, apontaram a atuação de facções como Comando Vermelho, Bonde dos Treze e Primeiro Comando da Capital (PCC) em crimes como tráfico de drogas, homicídios, extorsões, roubo de veículos e domínio territorial armado.
Entre os materiais apreendidos estão quatro veículos (dois carros e duas motocicletas), drogas como maconha, skunk, cocaína, LSD e ecstasy, uma arma de fogo, munições, balanças de precisão, cerca de mil embalagens do tipo zip e utensílios para preparo e embalo de entorpecentes. Também foram recolhidos R$ 5.613 em espécie, mais de 15 celulares, incluindo o iPhone 16 Pro Max, notebooks, documentos empresariais e máquina de cartão.
Além do prejuízo operacional e logístico, a operação resultou no bloqueio judicial de R$ 5.183.328 em contas bancárias vinculadas aos investigados.
Acre registra 12 prisões e dezenas de apreensões na maior ofensiva contra facções em 2025/Foto: arquivo/ PCAC
O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, Dr. Henrique Maciel, afirmou que a Renorcrim representa uma resposta contundente do Estado ao avanço das facções criminosas no estado.
As organizações criminosas operam com estrutura e financiamento. Através dessa operação, mostramos que a Polícia Civil está preparada para atingir o coração dessas organizações, retirando seus recursos, desarticulando lideranças e quebrando a estrutura que sustenta o crime no nosso estado, declarou Maciel.
O delegado Pedro Paulo Buzolin, coordenador da DEIC, ressaltou a importância da articulação nacional para o sucesso da ofensiva.
A troca de informações com outras polícias civis, aliada ao trabalho técnico e de inteligência da nossa equipe, permitiu mapear com precisão os alvos e executar com eficiência as ordens judiciais, destacou Buzolin.
A Operação Renorcrim foi coordenada nacionalmente pelo delegado acreano Dr. Getúlio Monteiro, atual responsável pelas ações de repressão ao crime organizado no Ministério da Justiça.
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