Dois jornalistas foram violentados no Acre em 2024, diz relatório da Fenaj

Ambos os casos foram categorizados como “ameaça/ataque verbal presencial”.

Foto: Reprodução 

Relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), divulgado nesta semana, aponta duas violências contra profissionais da comunicação no Acre em 2024. Ambos os casos foram categorizados como “ameaça/ataque verbal presencial”.

O primeiro deles ocorreu em março, na véspera do Dia Internacional da Mulher, quando uma repórter da assessoria de imprensa da prefeitura de Rio Branco teria sido insultada e tratada de forma desrespeitosa, segundo o relatório, por um assessor do deputado federal Coronel Ulysses, do União Brasil.

Na época, o episódio mobilizou o sindicato local da categoria, que emitiu nota de repúdio.

O outro caso ocorreu em 1º de maio, no Dia do Trabalhador, durante a cobertura de um evento promovido pelo governo em frente ao Palácio Rio Branco. Na ocasião, um jornalista de um veículo local foi hostilizado e constrangido por integrantes da equipe da cantora Nayara Azevedo.

O Sinjac também se manifestou. “O episódio em que o jornalista foi alvo de ataques é uma afronta não apenas à liberdade de imprensa, mas também aos direitos humanos mais básicos”, diz um trecho da nota.

Em todo o Brasil foram quase 150 episódios de agressão contra profissionais da comunicação. O número é o menor desde 2018.

O relatório cita que os dados explodiram a partir de 2019, com a chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro ao poder. Atualmente inelegível e alvo de denúncia formal no STF por tentativa de golpe de estado e outros quatro crimes, o ex-militar hostilizou a imprensa durante os quatro anos em que governou o Brasil.

“A gente tem que fazer esse marcador, que não é um marcador meramente cronológico, mas resulta do fato da violência ter sido institucionalizada durante aqueles quatro anos. Ao proferir discursos que descredibilizavam jornalistas, ao atacar veículos de imprensa, aquele governo acabou gerando um clima beligerante contra a imprensa de uma forma geral”, afirmou a presidente da Fenaj, Samira de Castro.

O cercadinho, montado pelo ex-presidente no Palácio da Alvorada, em Brasília, onde protagonizou diversos bate-bocas com a imprensa, é o retrato do tratamento dispensado pelo político aos comunicadores.

Em determina época do ex-governo, os veículos de comunicação chegaram a retirar seus funcionários do local para preservar a segurança deles por conta de apoiadores exaltados e hostis de Bolsonaro. Com o retorno de Lula (PT) ao poder, o cercadinho foi desmontado.

Por A Gazeta do Acre 

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