O cearense Édson Alves de Lima, caminhoneiro há mais de 20 anos, disse à reportagem do ContilNet, neste sábado (7), que a BR-364 é a pior estrada que ele já conheceu na vida. h5x54
Alves diz que não encararia a BR-364 se não fosse caminhoneiro/Foto: ContilNet
Em Cruzeiro do Sul há pelo menos uma semana, ele está em um posto de combustível esperando uma nova remessa de produtos para retornar ao Ceará. No local, ele prepara a própria comida, em um fogão acoplado ao caminhão.
Quando a reportagem o abordou, ele estava cozinhando feijão, bife e arroz para almoçar. Uma rede o aguardava na parte de baixo do caminhão para o descanso, já que a cabine do automóvel esquenta muito devido ao sol.
No local, ele prepara a própria comida, em um fogão acoplado ao caminhão/Foto: ContilNet
“Essa BR está num estado de abandono. Eu acho que pior não poderia ficar. É buraco, buraco demais. Quebrei as balanças do caminhão, estão trincadas ali. Se ela [a BR] estivesse em boas condições, seria uma viagem de um dia, tranquila. A gente fica dois dias dentro desses buracos”, afirmou.
“Nesses 20 anos, é a pior sim. Não me recordo de ter encontrado rodovia pior do que essa.”
De acordo com Edson, o prejuízo dessa viagem supera R$ 3 mil, com a quebra das balanças e do pneu que estourou por causa dos buracos na rodovia. Para ele, não compensa trabalhar como caminhoneiro na BR-364.
“Eu acho que não compensa. O prejuízo é significativo. Eu vim mesmo porque estava meio que sem opção lá. Mas para fazer esse percurso, não compensa. A não ser que tenha um frete muito bom para compensar. Pelo valor que eu vim, não compensa.”
Alves diz que não encararia a BR-364 se não fosse caminhoneiro e não colocaria sua família para fazer o trajeto.
“Jamais faria. É colocar uma família em risco. Para fazer esse percurso, só se for uma coisa séria. A rodovia aí é sem condições”, finalizou.
Por Contilnet